A primeira vez que eu tive uma “visão” do futuro - bom, pera, não foi bem uma visão.
Vou começar de novo.
A primeira vez que eu recebi um recadinho do que aconteceria no futuro, foi uma espécie de alerta sobre algo que aconteceria comigo. Eu não posso dizer que foi uma visão porque não veio por imagens, veio por meio da audição.
Diferentemente do que algumas pessoas pensam, nem sempre a clariaudiência vem em forma de voz externa, como alguém falando com você. Muitas vezes vem como uma voz dentro da mente, assim como um pensamento, mas com uma voz diferente da sua voz do pensamento. E para quem já observa suas próprias vozes, é bem fácil de identificar. (Se você não costuma observar as suas, recomendo!)
Bom, eu nunca contei isso abertamente porque falar sobre isso ainda é bem Tabu, mas quem esteve na minha palestra “A voz da intuição” já conhece o causo!
Eu estava de férias no interior de Minas Gerais praticando meu esporte preferido: a escalada! Nessa viagem eu estava escalando boulder (uma categoria de escalada em que se escala pedras menores - digamos que até uns 4m) e já tinha me proposto a escalar essa linha específica já que ela tinha um grau de dificuldade que eu ainda não tinha feito. Perto do final da viagem, eu só tinha mais um dia pra tentar encadenar antes de ter que voltar pra casa. (Vocês me acompanham aqui, se acostumem com o vocabulário de escaladora: encadenar é escalar uma linha do começo ao fim sem cair).
Quando cheguei, fiquei de frente para a pedra que eu iria escalar e coloquei a mão em uma parte dela. Assim que eu encostei ouvi uma voz dentro da minha cabeça dizendo: essa agarra (pedaço da pedra que penduramos com as mãos) vai quebrar!
Primeiro eu pensei, refleti, e perguntei para as pessoas ali se elas achavam que aquela parte da pedra tinha chance de quebrar. Elas me responderam que muita gente já tinha passado ali pra ela quebrar comigo, já que eu sou uma pessoa leve, as chances eram mínimas.
A linha que eu iria entrar era como a gente chama na escalada um “projeto”. Tinha um grau de dificuldade que eu ainda não tinha feito e eu estava muito próxima de conseguir fazer! Era meu projeto do verão.
Decidi confiar nas opiniões de fora mesmo sabendo que quebrar um pedaço da pedra poderia me machucar se caísse no meu rosto ou algo assim. Me preparei, coloquei minha sapatilha (sapato da escalada) e assim que a vesti ouvi novamente:
Seu cadarço vai ficar preso e a pedra vai quebrar.
Dessa vez eu ouvi a voz com ainda mais clareza…
Respirei fundo e pensei: Obrigada por me avisarem. Estarei atenta. Meu anjo da guarda por favor não deixe que nada aconteça comigo… porque eu vou mesmo assim! ~ Quem quer que tenha sido enviado para me avisar com certeza já sabia que eu era teimosa!
O que aconteceu vocês podem ver no vídeo!
Sim, eu caí, meu cadarço prendeu meu pé e a hora que eu caí eu alavanquei a agarra em direção a mim.
O vídeo foi cortado antes de eu terminar a frase… mas assim que eu caio eu rio e falo: “eu sabia que isso iria acontecer…”
Apesar da pedra ter uns 5 quilos e ter caído bem na minha costela, não me cortou e nem roxa eu fiquei.
Fiquei triste porque era uma agarra importante pra que eu conseguisse escalar a linha e eu já estava perto do meu último dia de viagem. Confesso que eu queria tanto que nem deu tempo direito de eu processar o que tinha acontecido.
Tomei uns minutos, pensei numa outra forma de passar por ali e um tempo depois consegui escalar a linha toda sem cair… “Mandei meu projeto” como diria na escalada.
Voltei de viagem dois dias depois e foi me concentrando, de olhos fechados e fazendo a minha oração antes de um atendimento de Reiki que o recado daquele acontecimento veio.
O nome veio pronto, quase como um letreiro: “A voz da intuição”. Era sobre isso que eu deveria escrever e ensinar.
A palestra surgiu não muito tempo depois e eu tenho um enorme orgulho dela!